segunda-feira, 14 de março de 2011

Tipologia Literária: Fábulas




As fábulas surgiram no Oriente e sofreram várias reinvenções, todas com uma característica em comum: apresentavam lições morais à sociedade. A origem do termo vem do latim do verbo fabulare - conversar, narrar = fala.
As fábulas foram a primeira espécie a aparecer, distinguem-se dos outros textos pela presença narrativa pequena que serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude humana terminando sempre em uma uma moral - lição de moral. A maioria das fábulas, para representar esses traços do caráter humano, tem como personagens animais ou criaturas imaginárias (fabulosas) que, geralmente, falam.
  
A primeira antologia foi Calila e Dinna, de origem Hindu e que chegou ao Ocidente por volta do século XIII, que atribuía aos animais comportamentos, reações, palavras e sentimentos aos dos seres humanos. Também nelas aparecem  a moral da história, que ao longo dos tempos  tornaram-se uma forma de cartilha de bons príncipios para as crianças trazendo animais como instrutores desses conhecimentos. Teve início, assim como os contos de fada, na oralidade e tem, com isso, uma ligação muito íntima com a "sabedoria popular".

O grego Esopo, o grande contador de histórias, trouxe as fábulas ao Ocidente (seculo I a.C ) , na Grécia. No século XVII, o francês La Fontaine foi o responsável pela grande repercussão da fábula moralidade nos países latinos, entre eles o Brasil, com suas narrativas, como: A leiteira e o pote de leite, O lobo e o cordeiro,  A cigarra e a formiga.
  
Outro grande fabulista, Monteiro Lobato (1882-1948), em seu projeto de criar uma literatura brasileira voltada para as crianças e os jovens, interessou-se por este gênero tradicional. Escreveu, então, o livro “Fábulas”, no qual reconta, em prosa brasileira moderna, algumas das fábulas antigas de Esopo, Fedro e La Fontaine, e apresenta outras de sua autoria.

Se destacam também, o italiano Calvino, o norteamericano Walt Disney e o humorista brasileiro Millôr Fernandes. Eles confirmam a perenidade dessa espécie literária.


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